domingo, 15 de abril de 2018

Frio aumenta incidência de doenças respiratórias; saiba como se prevenir

Funga, tosse, espirra: basta começar o Outono, período em que a temperatura cai e a incidência de ventos e chuva aumenta, para que também se multipliquem os casos de doenças respiratórias e alérgicas. Mas, em Salvador, que mantém temperaturas altas até no Inverno, para além da variação do clima e da umidade, o maior número de pessoas doentes é consequência, também, de descuidos e de comportamentos comuns ao período chuvoso.
Segundo a médica alergista e imunologista Maria Cecília Freitas de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia da Regional Bahia (Asbai-BA), nessa época do ano, as pessoas tendem a se aglomerar em espaços fechados, sem circulação de ar, como ônibus e shoppings, o que favorece a contaminação. Além disso, o aumento da chuva provoca o crescimento de mofo na parede de casa que tem infiltração, deixando os alérgicos mais vulneráveis.
Com a universitária Pavllover Valadares,  27 anos, é o que acontece nesse período, quando suas crises alérgicas se tornam mais frequentes. “Costumo ter sinusite logo quando o tempo vira, principalmente quando tenho contato com poeira e mofo”. Ela conta que está doente desde o final de março, quando começou a tossir. Em abril, seu quadro piorou e chegou a ser diagnosticada com virose. Fez o uso de xarope, mas continuou mal.
Na semana passada, depois de sentir dores no corpo, febre e fraqueza, a estudante buscou um centro médico e teve que tomar soro e ficar em observação por duas horas. Diagnóstico: contraiu uma gripe. A mudança do clima e o contato com a poeira, somada à baixa imunidade devido à crise de tosse alérgica, facilitaram a entrada da doença.
Para a médica Maria Cecília, a gripe também pode ser porta de entrada para outras complicações respiratórias. Ela alerta que tomar chuva e ficar com as roupas molhadas, manter a casa fechada sem ventilação e com acúmulo de poeira, além do choque térmico, enfraquecem o organismo. “Salvador tem um clima instável, chove de repente e depois fica com sol. Isso expõe o corpo a diferentes temperaturas durante o dia”, explica. Esta imprevisibilidade pega as pessoas desprevenidas.
Doenças e prevenções
De acordo com a médica pneumologista Maristela Rodrigues Sestelo, as enfermidades respiratórias infecciosas, alérgicas e inflamatórias mais comuns nesta época do ano são gripe, resfriado, rinite, sinusite, asma, bronquite, faringite, amigdalite, otite e pneumonia.
Para se prevenir e evitar quadros de crise alérgica ou o contágio de qualquer tipo de complicação respiratória típica do Outono e Inverno, Maristela orienta que o primeiro passo é manter uma vida saudável. “Se alimentar bem, fazer atividade física, dormir direito, não fumar e beber bastante água são hábitos essenciais para a manutenção do sistema imunológico”.
Outra  orientação da pneumologista é evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, que debilitam a imunidade. Além do álcool, o choque térmico é outro inimigo, reforça. “Sair da quentura da rua para um ambiente com ar-condicionado, ou se molhar e ficar no ar, por exemplo, debilita as vias respiratórias, que sofrem com as variações do ambiente”.
Para evitar essa variação térmica, Maristela orienta a sempre sair de casa prevenido: com uma roupa fresca, caso fique calor, e com casaco e guarda-chuva em mãos. Afinal, nunca se sabe quando pode chover na cidade. 
Para os alérgicos, lavar as narinas com soro fisiológico, manter o local onde dorme livre de poeira e de pelos de animais, não dormir de cabelo molhado, além de evitar o uso do ventilador, são pequenos passos para ficar longe das crises.
Antes de qualquer cuidado, no entanto, a imunologista Maria Cecília faz o  alerta sobre a necessidade de se vacinar: “A gripe é a porta de entrada para outras doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia, que pode até matar. Por isso, a vacinação contra a gripe é fundamental para a prevenção”, recomenda.
Enfermidades mais comuns no outono e inverno
Gripe Dores na garganta e no corpo, mal-estar, moleza, febre alta, aumento da secreção nasal e catarro amarelado são alguns dos sintomas da gripe, que, se não tratada adequadamente, pode avançar para uma pneumonia.
Resfriado  Constantemente confundido com a gripe, o resfriado é um quadro viral mais brando. Os sintomas são coriza, nariz entupido, febre baixa, lacrimejamento dos olhos, secreção e catarro esbranquiçado.
Rinite alérgica  Os sintomas são nariz entupido, coriza, lacrimejamento dos olhos, coceira no nariz e espirros.
Sinusite  Infecção bacteriana, viral ou fúngica, a sinusite também pode ser desencadeada pelo agravamento de uma rinite. Os sintomas gerais são dores de cabeça, sensação de peso no rosto, nariz entupido, catarro amarelado ou esverdeado e mal-estar. Sua complicação pode provocar uma otite.
Otite  A otite é uma infecção de ouvido que pode ser desencadeada por sinusite ou  rinite. Os sintomas podem ser febre, dores de cabeça e no ouvido e até tontura. Em casos extremos, pode ocorrer a ruptura do tímpano e saída de secreção pelo ouvido.
Faringite  Mais frequente em pessoas que já removeram as amígdalas, os sintomas gerais da faringite são dor na garganta, tosse seca e rouquidão.
Amigdalite  A amigdalite é a inflamação das amígdalas. Dificuldade para engolir, febre, dor na garganta, tosse seca e dor na região exterior do pescoço são alguns dos seus sintomas.
Asma É uma doença de manifestação alérgica. Quem sofre de asma pode sentir falta de ar, tosse seca e chiado no peito.
Bronquite aguda  É a inflamação dos brônquios, causada por um vírus ou por bactéria. Os sintomas são tosse, secreção mais espessa com catarro amarelado ou esverdeado e dor no peito.
Pneumonia  É uma infecção bacteriana que atinge os pulmões e pode decorrer de complicações da gripe. Dores no tórax e no corpo, tosse seca com catarro, febre alta, moleza no corpo, mal-estar, cansaço, e até falta de ar podem ser manifestações da enfermidade.
Saiba como se prevenir
Vida saudável Para a manutenção do sistema imunológico, mantenha hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física. Beba muita água e durma bem.
Poeira e mofo Limpe a casa diariamente e o filtro do ar-condicionado periodicamente. Cuide de infiltrações, que propiciam o aparecimento de mofo e fungos. Evite almofadas, bichos de pelúcia e cortinas de tecido, que acumulam poeira. Mantenha a casa ventilada.
Aglomerações  Evite aglomerações em espaços fechados sem a circulação de ar.Essa convivência facilita a contaminação.
Narinas  Diariamente, lave o nariz com soro fisiológico. Assim como escovar os dentes, com a poluição do ar, é importante limpar as narinas.
Entenda o porquê  do aumento de casos de doenças respiratórias e alérgicas nessa época do ano
Aglomeração em espaços fechados Durante o período de chuva, as pessoas costumam frequentar locais fechados, como shoppings. A aglomeração de pessoas em um espaço favorece a contaminação de doenças respiratórias, principalmente as de origem viral, como a gripe.
Infiltrações  Nessa época chuvosa, muitas casas acabam absorvendo a água da chuva e as paredes ficam úmidas e podem ter infiltrações, ambiente propício para o crescimento de mofo e de fungos.
Variação do clima  Com um clima instável, Salvador pode amanhecer com sol e chover no final do dia ou vice-versa, expondo o corpo a diferentes temperaturas. Esta imprevisibilidade pega as pessoas desprevenidas, que podem ficar com as roupas molhadas da chuva, por exemplo.
Mofo e fungos Casa fechada e sem ventilação é ambiente propício para o acúmulo de poeira e mofo. 
Choque térmico Sair da quentura da rua para um ambiente com ar-condicionado, por exemplo, debilita as vias respiratórias, que sofrem com as variações do ambiente.

Outono aumenta casos de doenças respiratórias

A chegada do outono serve de alerta para quem sofre com doenças respiratórias. A época, caracterizada por tempo mais seco, por causa da diminuição das chuvas e clima ameno, pode trazer complicações sérias à saúde, mas que podem ser evitadas.
Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgou que, em 2015, quase metade dos brasileiros apresentavam doenças respiratórias. Aproximadamente 44% da população tinha diagnóstico de rinite, asma ou bronquite crônica. No entanto, a pouca umidade do ar pode acarretar problemas no aparelho respiratório até mesmo para quem não tem histórico dessas doenças.
“Em temperaturas mais baixas os vírus e bactérias reagem melhor, têm uma sobrevida. Além disso, nessas épocas, as pessoas tendem a se aglomerar”, comenta o médico otorrinolaringologista Renato Breda Bauab. 
A convivência em espaços fechados facilita a proliferação dos vírus e contaminação. “Uma pessoa doente em um local aglomerado, espirrando e tossindo no ambiente pode fazer com que as bactérias circulem entre os outros que estão no espaço”, avalia
Nestas épocas, é bastante comum aparecerem doenças que acometem o nariz e seios paranasais, conhecidas como rinossinusites, doenças da região da garganta, como laringites e faringites, e algumas mais graves, como bronquites e pneumonias. O médico explica que apesar de serem doenças distintas todas atacam todo o aparelho respiratório. 
Deste modo, é importante começar a prevenção desde já para blindar o organismo contra as patologias. No caso das crianças e idosos, os cuidados precisam ser redobrados. 
Prevenção
De acordo com o otorrinolaringologista, a principal recomendação é evitar locais de aglomeração. No trabalho ou espaços em que o indivíduo divide com outras pessoas, é importante deixar janelas e portas abertas para que o ar circule. É recomendado lavar as mãos com maior frequência nessas épocas e higienizá-las com álcool em gel para matar as bactérias. Depois de limpas, evitar colocá-las próximo à boca, nariz e olhos. 
Dentro de casa o indicado é separar toalhas, copos e talheres que estão sendo usados por alguém que esteja doente para prevenir o contágio. Apesar do tempo mais gelado, é preciso manter a residência aberta para diminuir as chances de proliferação do vírus. Além disso, há a possibilidade de ser imunizado contra a gripe. “Todo ano a vacina é fornecida pela rede pública para alguns grupos, nesta época de abril e maio, e talvez seja a principal maneira de prevenção das doenças respiratórias. É possível adquirir a vacina na rede particular”, acrescenta o médico.
Bauab ressalta que a incidência dessas doenças costuma ser maior nesta época do ano e alguns grupos, como crianças e idosos, são mais suscetíveis.  “Há alguns medicamentos que ajudam a melhorar o sistema imunológico, diminuindo a chance de a criança ficar doente. Mas são casos específicos.”

Remédio caseiro para bronquite

Um bom remédio caseiro para bronquite é tomar um chá com propriedades anti-inflamatórias, mucilaginosas ou expectorantes como o de gengibre, erva-doce ou malva, por exemplo, pois reduzem os sintomas como tosse, excesso de secreções e mal-estar geral.

Estes chás, embora possam ser usados para melhorar os sintomas, não devem substituir o tratamento indicado pelo médico, servindo apenas para complementar o tratamento e acelerar a recuperação. 

1. Chá de gengibre




Um bom remédio caseiro para bronquite, seja ela asmática, crônica ou alérgica, é o gengibre porque ele possui propriedades anti-inflamatórias e expectorantes que ajudam a desinflamar os brônquios e facilitar a retirada das secreções.

Ingredientes
2 a 3 cm da raiz de gengibre
180 ml de água

Modo de preparo

Coloque o gengibre numa panela e cubra com água. Deixe ferver por 5 minutos, apague o fogo e tape a panela. Quando esfriar, beba após coar. Tome 4 xícaras deste chá durante o dia, nos períodos de crise, e apenas 3 vezes por semana, quando for para prevenir as crises de bronquite.
2. Chá de erva-doce



Outro excelente remédio caseiro para bronquite com erva-doce é tomar este chá porque ele possui propriedades expectorantes que auxiliam na retirada das secreções.

Ingredientes
1 colher ( de chá) das sementes de erva-doce
1 xícara de água fervente

Modo de preparo

Colocar as semente na xícara de água fervente e deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber morno, de 3 a 4 vezes ao dia.

3. Chá de malva



Um outro bom remédio caseiro para bronquite é tomar o chá de malva porque ele possui propriedades mucilaginosas que acalmar a irritação da mucosa, diminuindo o desconforto causado pela doença.

Ingredientes
2 colheres (de sopa) de folhas secas de malva
1 xícara de água fervente

Modo de preparo

Adicionar as folhas de malva à água fervente e deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber 3 vezes ao dia.

O tratamento clínico da bronquite pode ser feito com o uso de medicamentos receitados pelo médico pneumologista. Normalmente, este tratamento dura 1 mês, mas há casos de bronquite crônica que perduram por 2 anos ou mais. Em todo caso, a toma destes chás pode ser útil e facilitar a cura da doença.

Confundida com bronquite, asma atinge 40 milhões de brasileiros e pode matar

Chiado, sensação de aperto no peito e falta de ar são os sintomas mais comuns de asma e bronquite. As duas doenças, que são bastante comuns no inverno, costumam confundir os pacientes na hora de procurar o devido atendimento médico, o que pode ser fatal nos casos de asma. Para conscientizar a população sobre a doença, que acomete cerca de 40 milhões de pessoas só no Brasil, hoje (21) é lembrado o Dia Nacional do Controle da Asma, como explica o pneumologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Mauro Gomes.
— O nome correto da asma é asma brônquica e, por isso, é comum que seja confundida com bronquite. Mas não se trata da mesma doença e é muito importante que pacientes compreendam as especificidades de cada uma, para que possam procurar o tratamento medicamentoso e os hábitos mais adequados para cada quadro.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que prejudica o fluxo de ar que entra e sai dos pulmões, provocando falta de ar e chiado no peito. O desenvolvimento da doença costuma estar associado a uma causa genética, ou seja, algumas pessoas apresentam uma predisposição a desenvolvê-la e, ao entrarem em contato com fatores que sensibilizam as vias aéreas, como ácaros, pólen e pelos de animais, ela pode se manifestar.
É importante lembrar que a doença é crônica e que as crises são apenas uma manifestação pontual. No Brasil, grande parte da população apresenta problemas respiratórios, seja por fatores climáticos, de poluição ou de hábitos, como o fumo e o uso amplo de fogões a lenha em algumas regiões. Segundo o especialista, geralmente os portadores de asma não a tratam como deveriam.
— O maior problema  é que os pacientes não veem a doença como crônica e acham que ela só acontece durante as crises. Se tratar, evita-se a crise e pode ter uma vida normal, praticar esportes etc. 30% dos medalhistas olímpicos começaram a praticar esportes porque são asmáticos, como o nadador Gustavo Borges.
De acordo com o especialista, existem dois tipos de tratamento para a asma.
— Na crise aguda, a base do tratamento são remédios que dilatam os brônquios, os chamados broncodilatadores. Fora da crise, são utilizados medicamentos de manutenção e prevenção, com anti-inflamatórios. Todas essas substâncias são administradas para dentro dos brônquios por meio de inalação, seja por aparelhos conhecidos como bombinhas, sprays ou inaladores tradicionais. O tratamento deve ser feito todos os dias. Já durante as crises, o paciente utiliza outros remédios.
Alguns pacientes chegam a ser internados em casos mais graves e muitos morrem, afirma Gomes.
— Entre 15 e 20% da população tem asma no Brasil, o que corresponde a cerca de 40 milhões de pessoas, mas só 9% mantém a doença sob controle, com tratamento regular. Se não tratar, a asma mata. Só no Brasil, três pessoas morrem por dia por causa da doença.
Gomes explica que existem cinco graus de asma. Em casos mais graves, a pessoa precisa, inclusive, tomar injeções 1 ou 2 vezes por mês e são bem caras. O paciente precisa desembolsar de R$ 3 mil a R$ 6 mil reais por mês, pois são medicamentos de alto custo e não há respaldo do poder público. Mas isso corresponde a apenas 2,3% dos casos.
— Em média, os medicamentos para manutenção custam R$ 60. Porém, no Estado de São Paulo, por exemplo, o governo disponibiliza remédios de forma gratuita para tratar a doença. Ou seja, não é por falta de medicamento que as pessoas não se tratam. Quem precisa do medicamento preenche um formulário e recebe mensalmente a sua cota de medicação para fazer a manutenção.

Quando devo procurar o médico em caso de bronquite?


A causa da bronquite é na maioria das vezes viral, mas há algumas medidas que podem ajudar a criança. 

Uso de broncodilatadores, fisioterapia respiratória e providências para fluidificar ("amolecer") as secreções são algumas das opções. Eventualmente, o médico pode receitar uso de corticoides ou antibióticos para combater uma eventual infecção secundária. 

Procure atendimento para confirmar que se trata mesmo de bronquite. (Também consulte o médico se seu filho tiver menos de 6 meses e apresentar sintomas de bronquiolite.) 

Ao examinar seu filho, o médico vai auscultar os pulmões dele com o estetoscópio. Ele também pode medir a quantidade de oxigênio no sangue usando um pequeno aparelho preso nos dedinhos da criança. 

Não é incomum o médico pedir uma radiografia do peito para descartar uma pneumonia

Procure atendimento imediatamente se notar desconforto respiratório da criança que vai piorando, respiração ofegante, tosse e falta de ar quando ela faz algum esforço. 

Quais são os sintomas da bronquite em crianças?

No começo da bronquite, seu filho pode ter sintomas de uma gripe, como inflamação de garganta, cansaço, nariz escorrendo, dores no corpo, calafrios e febre baixa (de até 38 graus). 

Aos poucos, vai aparecendo uma tosse -- que é mais seca no início, mas depois acaba liberando uma secreção esverdeada ou amarelada. Pode acontecer de a criança ter um pouco de ânsia enquanto tosse. 

É possível que seu filho sinta dor no peito ou um pouco de falta de ar se estiver com bronquite, ou ainda apresente chiado. 

Se a bronquite for forte, a febre pode subir por alguns dias e a tosse tende a durar várias semanas. 

Algumas pessoas -- geralmente adultos fumantes ou crianças que convivem com fumantes -- sofrem dos sintomas de bronquite por meses. É a bronquite crônica. 

Qual a diferença entre bronquite e bronquiolite?

bronquiolite ocorre quase da mesma forma que a bronquite. Mas, no caso de bronquiolite, geralmente são os canais menorzinhos de ligação com os pulmões que ficam obstruídos pelo muco. 

Essas pequenas vias respiratórias afetadas na bronquiolite se chamam bronquíolos. 

É bem mais comum que os bebês novinhos tenham bronquiolite do que bronquite. Nos menores de 6 meses, a bronquiolite pode ser bem perigosa e precisa de acompanhamento e tratamento o quanto antes. 

A bronquiolite viral é a principal causa de internação de bebês com menos de 6 meses em UTI pediátrica por doença respiratória -- associada ou não a pneumonias. 

A passagem do ar fica mais difícil e os sintomas da bronquiolite também são parecidos com o da asma

De maneira resumida, pode-se dizer que a bronquite é um termo mais genérico para um processo inflamatório de qualquer causa nos grandes ou pequenos brônquios e que pode aparecer em qualquer faixa etária. 

Já a bronquiolite é um processo inflamatório mais específico de pequenos brônquios ou bronquíolos, geralmente em crianças com menos de 1 ano de idade. Quase sempre é viral, podendo levar a quadros mais graves de insuficiência respiratória, a depender do vírus em questão e da idade do bebê. 

Bronquite em bebê

Bronquite é uma infecção ou inflamação dos grandes "tubos" por onde o ar chega aos pulmões, os chamados brônquios. 

Pode ser aguda ou crônica e a diferença está no tempo de duração do quadro e no padrão de repetição e de intervalo entre as crises, com possível agravamento desses episódios. 

O nome pode até confundir, mas a bronquite aguda é mais curta e dura de uma a duas semanas. Já a bronquite crônica está ligada a alguns outros fatores, como alergia (asma), infecções virais e bacterianas de repetição, poluição (incluindo exposição a cigarro), entre outros. 

O que é bronquite?

Quando a criança está com gripe, resfriado ou garganta inflamada, o vírus causador desses problemas pode se espalhar pelos brônquios. 

Então, as vias respiratórias ficam inflamadas e parcialmente bloqueadas pelo acúmulo de muco. 

As infecções virais são as causas mais comuns de bronquite em crianças. Mas infecções bacterianas, alergias e exposição a fumaça de cigarro, poluição e poeira, além de variações bruscas de temperatura e umidade do ar também podem acabar provocando a doença. 

Há mais de 100 vírus respiratórios diferentes, ampliando significativamente a possibilidade de doenças respiratórias, principalmente na passagem do outono para o inverno. Crianças até 4 anos são as mais vulneráveis do ponto de vista imunológico. 

Alguns dos vírus não se limitam a um resfriado com congestão nasal e podem afetar as vias aéreas mais baixas, como laringe e brônquios. 

Catarro com sangue

Tossir catarro com sangue pode ser sinal de câncer de pulmão, infecções pulmonares, tuberculose, infarto pulmonar (morte de uma área do pulmão), defeitos na coagulação sanguínea, aumento da pressão sanguínea nas veias pulmonares, insuficiência cardíaca ou ainda problemas numa das válvulas cardíacas.
A presença de sangue no catarro indica a presença de algum sangramento nos pulmões ou nas vias aéreas. Contudo, na grande maioria dos casos, a perda de sangue é pequena e o sangramento tende a parar espontaneamente.
Mesmo que pare de sair sangue com a expectoração, é recomendável consultar um médico clínico geral ou médico de família para que a causa do sangramento seja investigada. Vale lembrar que tossir catarro com sangue pode ser sinal de doenças graves, como câncer, tuberculose, entre outras.
O tratamento de doenças que afetam o pulmão e as vias aéreas é da responsabilidade do médico pneumologista. Se necessário, o paciente poderá ser encaminhado para esse especialista pelo clínico geral ou médico de família para diagnosticar e tratar a causa do sangramento.

Fosfato sódico de prednisolona

Para que serve Fosfato sódico de prednisolona

Este medicamento é destinado ao tratamento de: 
Desordens das glândulas: insuficiência adrenocortical primária ou secundária (interrupção na produção de hormônios pelas glândulas adrenais) (hidrocortisona ou cortisona na primeira escolha; os análogos sintéticos poderão ser utilizados em associação com mineralocorticoides quando necessário; em lactentes a suplementação mineralocorticoide é de particular importância): hiperplasia adrenal congênita (doença caracterizada pela deficiência nas glândulas adrenais); hipercalcemia (nível aumentado de cálcio) associada ao câncer; tireoidite não supurativa (doença inflamatória que afeta a glândula tireoide). 
Desordens reumáticas: como terapia auxiliar para administração em curto prazo em processos inflamatórios da articulação como: artrite psoriática (inflamação das articulações associada à psoríase da pele); artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações), inclusive artrite reumatoide juvenil e outras doenças reumáticas como: espondilite anquilosante (inflamação das articulações da coluna e grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões); bursite aguda e subaguda (inflamação do coxim gorduroso existente nas articulações); tenosinovite inespecífica aguda (inflamação do tendão); artrite gotosa aguda (inflamação comumente conhecida como gota); osteoartrite após traumatismos (inflamação das articulações após um trauma no local); sinovite osteoartrítica (inflamação da membrana que envolve as articulações); epicondilite (inflamação dos tendões). 
SAIBA MAIS
Doenças do colágeno: durante uma exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de lúpus eritematoso sistêmico (doença autoimune que pode acometer várias partes do corpo), dermatomiosite (polimiosite) sistêmica (doença caracterizada por inflamação e degeneração dos músculos do corpo todo); cardite reumática aguda (inflamação no coração). 
Doenças da pele: pênfigo (doença caracterizada pelo aparecimento de bolhas na pele e nas membranas mucosas); dermatite herpetiforme bolhosa (doença crônica que se caracteriza por uma sensação de queimadura intensa e coceira); eritema multiforme severo (síndrome de Stevens-Johnson) (manchas vermelhas planas ou elevadas, bolhas, ulcerações que podem acontecer em todo o corpo); dermatite esfoliativa (alteração da pele acompanhada de descamação); micose fungoide (micose causada por fungo); psoríase severa (doença de pele caracterizada por lesões); dermatite seborreica severa (doença da pele caracterizada por coloração avermelhada, descamação oleosa e coceira). 
Condições alérgicas: controle de condições alérgicas severas ou incapacitantes que não respondem aos meios convencionais de tratamento em: rinite alérgica permanente ou intermitente (inflamação da mucosa nasal produzida por uma reação alérgica); asma brônquica (perturbação da respiração que se caracteriza por crises recorrentes de dificuldade de respirar); dermatite de contato (reação alérgica da pele a substâncias); dermatite atópica (doença hereditária e não contagiosa, caracterizada por inflamação crônica da pele); doença do soro (reação imunológica que pode se manifestar com quadro de urticária, artrite e problemas nos rins); reações de alergia a medicamentos. 
Doenças oculares: graves processos inflamatórios e alérgicos, agudos ou crônicos envolvendo o olho e seus anexos, tais como: conjuntivite alérgica (inflamação ou infecção na conjuntiva causado por alergia a alguma substância); ceratite (inflamação da córnea); úlceras marginais alérgicas da córnea (ferida ao redor da córnea); herpes zoster oftálmico (infecção viral no olho); irite (inflamação da íris (parte colorida do olho)); iridociclite (inflamação da íris e corpo ciliar); corioretinite (infecção da retina (parte do olho responsável por formar a imagem) e da coroide (estrutura do olho que nutre a retina)); inflamação do segmento anterior; coroidite e uveite (inflamação do plexo coroide e úvea (estruturas dos olhos)); neurite ótica (inflamação do nervo óptico), oftalmia simpática (tipo de inflamação em ambos os olhos após o trauma de um olho). 
Doenças respiratórias: sarcoidose sintomática (doença autoimune com aparição de pequenos nódulos inflamatórios); síndrome de Loëffler não controlável por outros meios (inflamação dos pulmões em resposta a processos alérgicos ou inflamatórios nos pulmões e no sangue); beriliose (inflamação pulmonar causada pela inalação de poeira ou gases que contêm berílio); tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada quando utilizado concomitantemente à quimioterapia antituberculosa adequada; pneumonite por aspiração (inflamação no pulmão causada pela aspiração de líquidos, secreções do próprio corpo ou outras substâncias para dentro dos pulmões). 
Desordens no sangue: púrpura trombocitopênica idiopática em adultos (alteração nas plaquetas, componente do sangue importante para a coagulação); trombocitopenia secundária em adultos (alteração nas plaquetas, componente do sangue importante para a coagulação); anemia hemolítica adquirida (autoimune) (alteração nos glóbulos vermelhos do sangue); eritroblastopenia (anemia eritrocítica) (alteração nos glóbulos vermelhos do sangue); anemia hipoplásica (eritroide) congênita (alteração nos glóbulos vermelhos do sangue). 
Neoplasias: para o tratamento paliativo de: leucemias (doenças malignas das células brancas do sangue) e linfomas (doença maligna do sistema linfático) em adultos; leucemia aguda na infância. 
Estados que cursam com inchaço: para aumentar a quantidade de urina eliminada ou remissão da perda de proteínas pela urina da síndrome nefrótica idiopática (alteração do funcionamento do rim), sem altas taxas de ureia no sangue, ou aquela devida ao lúpus eritematoso (doença autoimune que pode acometer várias partes do corpo). 
Doenças gastrintestinais: para auxiliar o paciente a superar um período crítico da doença em: colite ulcerativa (doença inflamatória intestinal), enterite regional (doença intestinal crônica, também chamada de doença de Crohn). 
Sistema nervoso: esclerose múltipla (doença degenerativa que afeta o sistema nervoso). 
Miscelânea: meningite tuberculosa (forma grave de tuberculose com infecção no sistema nervoso central) com bloqueio subaracnoide ou bloqueio eminente (bloqueio no fluxo de líquido que circula ao redor do sistema nervoso central, entre as meninges), quando utilizada concomitantemente à quimioterapia apropriada para tratamento da tuberculose; triquinose (doença causada pelos parasitas nemátodes) com envolvimento neurológico ou miocárdico.

salbutamol, para que serve

Este medicamento é indicado no alívio do espasmo brônquico associado às crises de asma, bronquite crônica e enfisema.

Posologia, dosagem e instruções de uso de Sulfato de salbutamol

Modo de uso: Fale com seu médico, em alguns casos a diluição do sulfato de salbutamol solução oral pode ser recomendada.
Posologia: Para alívio do broncoespasmo:
Adulto: A dose usualmente eficaz é de 4mg de salbutamol (10mL da solução oral), três ou quatro vezes ao dia.
Caso não seja obtida broncodilatação adequada, cada dose pode ser gradualmente aumentada até 8mg (20mL da solução oral). Contudo, tem-se observado que alguns pacientes obtêm alívio adequado com 2mg (5mL da solução oral), três ou quatro vezes ao dia. Nos pacientes muito sensíveis a estimulantes betaadrenérgicos, é aconselhável iniciar o tratamento com 2mg (ou 5mL da solução oral), três ou quatro vezes ao dia.
Crianças: As seguintes doses devem ser administradas:
Crianças de 2-6 anos: 2,5 a 5mL da solução oral (1 a 2mg de salbutamol), três a quatro vezes ao dia.
Crianças de 6-12 anos: 5mL da solução oral (2mg do salbutamol), três a quatro vezes ao dia.
Crianças acima de 12 anos: 5 a 10mL da solução oral (2 a 4mg de salbutamol), três a quatro vezes ao dia.
Pacientes idosos: Recomenda-se iniciar o tratamento com 5mL da solução oral (2mg de salbutamol), três ou quatro vezes ao dia.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.